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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que me move

Post musical - Duas músicas que vou ouvir bastante esses dias. E que indico, sem sombra de dúvidas, para vocês. Ouça pelo menos uma vez cada uma delas, hehehe. São lindas - e falam muito comigo. Enjoy it!

A primeira, Sérgio Britto (sim, o titã!) e Marina De La Riva, com "Pra te alcançar":



"Pra te alcançar, pra te soltar, pra depois te prender
E me lembrar de te lembrar, pra depois esquecer
Pra te esperar, pra te ganhar, pra depois te perder
E me mostrar, pra te mostrar, e depois esconder

Não por você, nem vem por mim
Pode até o sol sair
Não por nós dois, nem por ninguém
Pode até o tempo abrir

Roda, roda, roda, o pôr do sol nos espera
Roda, roda, roda, é tudo igual ao que era
Roda, roda, roda, o pôr do sol nos espera
Roda, roda, olha as luzes no sinal

Pra te alcançar, pra te soltar, pra depois te prender
E me lembrar de te lembrar, pra depois esquecer
Pra te esperar, pra te ganhar, pra depois te perder
E me mostrar, pra te mostrar, e depois esconder

Não por você, nem vem por mim

Não por nós dois, nem por ninguém
Pode até o tempo abrir

Roda, roda, roda, o pôr do sol nos espera
Roda, roda, roda, é tudo igual ao que era
Roda, roda, roda, o pôr do sol nos espera
Roda, roda, olha as luzes no sinal

o pôr do sol nos espera
é tudo igual ao que era
o pôr do sol nos espera
Roda, roda, olha o anúncio no jornal

Alugo casa no ponto mais charmoso e exclusivo de Juquehy, a 50 metros do mar. São dois quartos com ar condicionado, sala de estar, tv e varanda. Livre para o ano novo e o carnaval."

PS
: a parte do anúncio é da música mesmo, não tenho casa em Juquehy, haha

Agora, Tulipa Ruiz, com "Às Vezes":



"Às vezes quando eu vou à Augusta
O que mais me assusta é o teu jeito de olhar
De me ignorar
Todo em tons de azul

Teu ar displicente invade meu espaço
E eu caio no laço exatamente do jeito
Um crime perfeito
It's all right, baby blue

Garupa de moto, a quina da loto saiu pra você
Sem nome e o endereço é de hotel, eu mereço
Até outra vez

Às vezes quando eu chego em casa
O silêncio me arrasa e eu ligo logo a TV
Só então eu ligo pr'ocê, descubro que já sumiu

Não sei em qual festa que eu te garimpei
Cantanto "lay mister lay", será que foi no meu tio?
Ou em algum bar do Brasil...
Sei lá, eu fui mais de mil

Cheguei bem tarde, o vinho estava no fim
E alguém passou o chapéu pra mim e gritou
É grana pra mais bebum e eu não paguei

Às vezes quando eu vou ao shopping
Escuto "Money for Nothing" e então começo a lembrar
Que eu tocava num bar e que uma corda quebrou

Foi um Deus-nos-acuda, eu apelei pro meu Buda
Te peguei pelo braço e nós fomos embora
Eu disse: Baby, não chora, amor de primeira hora

A vida é chata, mas ser platéia é pior
E que papel o meu
Chá quente na cama, sorvete, torta, banana, lua de mel

Às vezes quando eu vou ao centro da cidade
Evito, mas entro no mesmo bar que você
Nem imagino o porquê, se eu nem queria beber

Reparo em sua roupa, na loira ao seu lado
No seu ar cansado que nem mesmo me vê
Olhando pr'ocê, pedindo outro "fernet"

Será que não chega, já estou me repetindo
Eu vivo mentindo pra mim
Outro sim, outra "trip", outro tchau
Outro caso banal, tão normal, tão chinfrim

Às vezes eu até pego uma estrada
E a cada belo horizonte eu diviso o seu rosto
A face oculta da lua soprando ainda sou sua

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Pra Sempre...?

A gente sempre se depara com coisas que parecem eternas, e sempre sabemos que nada é eterno. Tudo tem seu tempo determinado. E, por mais que queiramos prolongar, não dá, não há como.

O que eu sempre faço é aproveitar ao máximo tudo o que posso aproveitar. Curtir mesmo os momentos... o problema é que, por mais que isso ajude, atrapalha na mesma medida, porque dá mais saudade ainda quando acaba. Sofro por isso, por antecipação e enquanto acontece, sempre. Mas ainda prefiro assim. Melhor ter saudade e lembrar que não ter do que lembrar. Mas, como nada é eterno, talvez um dia isso passe também.

Tenho que aprender a deixar as coisas seguirem seu rumo. Mas isso é outra história...

Por isso, música do dia - Efêmera, de Tulipa Ruiz. Sim, descoberta musical mais nova!

“Vou ficar mais um pouquinho
Para ver se acontece alguma coisa nessa tarde de domingo
Congele o tempo pra eu ficar devagarinho
com as coisas que eu gosto e que eu sei que são efêmeras
e que passam perecíveis
e acabam, se despedem, mas eu nunca me esqueço

Por isso eu vou ficar mais um pouquinho
Para ver se eu aprendo alguma coisa nessa parte do caminho
Martelo o tempo pra eu ficar mais pianinho
com as coisas que eu gosto e que nunca são efêmeras
e que estão despetaladas, acabadas
Sempre pedem um tipo de recomeço

Vou ficar mais um pouquinho, eu vou

Vou ficar mais um pouquinho
para ver se acontece alguma nessa tarde de domingo
Vou ficar mais um pouquinho
para ver se eu aprendo alguma nessa parte do caminho”

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Dance with Somebody**

Olá! Como estão vocês?

Então, como eu disse no meu primeiro post, eu tenho feito descobertas sobre mim, sobre os outros, sobre vários assuntos. E vejo que algumas pessoas ainda se surpreendem muito comigo, apesar de me conhecerem até bem. Acho isso positivo, significa que há sempre o que se descobrir sobre os outros, sobre si mesma.

Esse "nariz de cera" (para quem não sabe, significa texto introdutório, geralmente desnecessário, hehe) me serviu para entrar num assunto simples, na verdade: meu gosto por dançar. Eu sempre dancei, desde pequena, quando subia nos pés do meu pai pra dançar com ele, ou ele me carregava no colo (ele é meio alto, e eu nunca fui alta). Ainda pequena, aprendi a sambar sozinha, depois aprendi quase todas as outras danças também sozinha, de observar os outros.

Dançar é uma das poucas coisas que me fazem sentir totalmente livre. Quando você dança, pode fazer o que quiser, pode pular, pode desafiar a gravidade, esquecer por um momento o que acontece em volta, apenas ouvir e sentir a vibração da música e acompanhar com seu corpo. É um instante em que você não pensa, não mede, não teme, se entrega.

Eu costumo ser muito tímida, não gosto nada de chamar a atenção, acho que todos que me conhecem sabem disso. E até disso a dança me liberta: quando estou dançando, me transformo em outra Amanda. Eu tomo coragem, fecho os olhos ou não olho pra ninguém e danço (sim, porque se eu percebo que estão olhando pra mim eu desconcentro...).

Eu realmente aconselho vocês a dançarem, muito. E não tem essa de dançar errado, de "eu não sei, sou desajeitado". Não existe dançar errado!! Acreditem em mim. Como a maioria das atividades que nos libertam, dançar se aprende dançando. Você não precisa seguir passos marcados, precisa sentir a música, percebê-la entrando pelos seus ouvidos, passeando pela sua pele, lhe tomando de assalto.

Dance qualquer ritmo, se entregue à música. E aproveite esse momento até suas últimas forças, até seu pés e suas costas não suportarem mais. Como diria a música de uma banda amiga, vá de "corpo, alma e rima".

E só para provar que eu sou mesmo chata, um versinho bem curto do "tio" Carlos Drummond de Andrade.:

Poesia

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

** o título é o nome de uma música de um grupo chamado Mando Diao. Conheço quase nada deles, só essa música, mas escutem inteira, é legal - http://www.youtube.com/watch?v=8nh931yRQIM

terça-feira, 12 de maio de 2009

Decidi!!!

Depois de muita hesitação, eis que resolvi fazer um blog. Depois de muitos me darem essa idéia (Thiago, Isa... e outros), fui finalmente convencida, por um amigo (você mesmo, Leo) acho que só faltava esse empurrão. Bem, aqui está o primeiro post... e como é o primeiro, vou falar de coisa meio desconexas, não liguem. Ah, mas se você está lendo isso provavelmente me conhece, então não vou me explicar demais.

Eu já pensei várias vezes em fazer um blog, e nunca fiz. Porque, se fizesse, quereria que alguém lesse, e se ninguém lesse me sentiria... sei lá, meio abandonada. Afinal, de que vale escrever se ninguém lê? Porém, cheguei a conclusão de que isso é besteira. Se ninguém ler isso aqui, paciência. A minha necessidade de escrever falou mais alto. Nunca tive paciência pra "querido diário" (sou meio macho em alguns quesitos, como esse), portanto não esperem atualização diária... mas vou me forçar a vir aqui sempre.

Tenho descoberto muitas coisas, sobre o mundo, sobre os outros, sobre mim. Cada dia algo novo me aparece, uma sensação, um pensamento, um texto, uma banda, uma música. Minha vida sempre foi movida à música, dança... coisas que aprendi com meu pai. Tem sempre uma música tocando na jukebox da minha cabeça. Agora mesmo, estou ouvindo dentro dela "Un Dernier Verre", do Beirut (não conhece? procure, é encantador!). Nasci pra humanas, e pra morrer pobre: tudo o que eu gosto de fazer não dá dinheiro! "Mas, tudo bem, eu sei que um dia vai, e outro vem..." e as coisas podem sempre mudar.

Então, pra quem teve a paciência de ler até aqui, brigada. Falo demais... e parece que escrevo demais também. Deixo meu poder de síntese para a Amanda jornalista, que talvez aparece por aqui às vezes. Ou não. Veremos...

Pra terminar, um poema que tem estado na minha cabeça (junto com as músicas... depois me perguntam por que eu sou confusa!):

"Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser"

Ricardo Reis/ Fernando Pessoa