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domingo, 5 de setembro de 2010

Post atrasado


Já escrevi aqui que o samba é minha língua paterna, certo? Por causa de meu pai, conheço samba desde a barriga da minha mãe. Lembro de músicas que eu cantava quando era um menininha, e não só samba - chorinho, Elis Regina, Chico Buarque, Roberto Carlos. Língua paterna.

Há duas semanas fui em um show muuuuuuuuuuito bom, de sambão, que meu pai com toda a certeza iria adorar. Casuarina, grupo ( e não banda... tão estranho isso) do qual eu já falei aqui algumas vezes. Subimos a serra eu, Bruno, Aline, Patrícia e Thiago. Destes, apenas Thiago e eu para ver o show. Como disse o Bruno, tinha mais gente pra passear com ele do que pra ver o show comigo, hehe.

Casa cheia, sono do Thiago, cansaço e antecipação de solidão de domingo - que aliás foi mesmo solitário. Mas começam os acordes de Canto do Trabalhador, e parece que todo o resto não importava. Me deixei preencher pelo samba, pelas batidas do tan tan, o som da flauta e do violão... e as vozes de Gabriel Azevedo e João Cavalcanti (aaaaah).



Sim, sou roqueira, sempre fui, sempre serei. Mas nada me impede de gostar, e muito, desse ritmo. Não confundam com pagode, por favor - é até um sacrilégio chamar um estilo que conta com tanta gente boa (Paulinho da Viola, Cartola, Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Noel Rosa...) com esse tipo de música que é modinha hoje em dia.

Dancei, sambei demais, suei, me cansei, mas não queria parar. Sabia quase todas as músicas, e me soltei como sempre me solto quando danço. Como é bom sentir o ritmo pulsando na sua pele, respirar de acordo com as pausas e retomadas da música. Dançar é ouvir a música com todos os sentidos.

Adiciono mais uma paixão à minha lista - João Cavalcanti, eu caso (calma, Bruno, hahaha). Com o plus de que meu sogro seria... o Lenine!!!

Ah, meus caros, que vontade imensa de ir a mais shows! Quando estiver no Rio, parada obrigatória na noite da Lapa, sem dúvida.

Swing do Campo Grande - Casuarina (originalmente Novos Baianos, vejam só!)




Minha carne é de carnaval
Meu coração é igual
Minha carne é de carnaval
Meu coração é igual

Aqueles que tem uma seta
e quatro letras de amor
Por isso onde quer que eu ande
Em qualquer pedaço eu faço
Um campo grande
Um campo grande
Um campo grande ê
Um campo grande epa!

Eu não marco touca
Eu viro touca, eu viro moita
Eu não marco touca
Eu viro touca, eu moita