segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O mais difícil

Domingo foi o dia mais difícil da minha vida. E olha que eu já passei por umas barras... Mas nada foi mais difícil do que ter que tomar a decisão de terminar meu namoro. É, pois é, isso mesmo.

A decisão foi tomada aos poucos. E explico ela por aqui porque não tô com vontade nenhuma de dizer a cada um de vocês o que houve, em separado. Então, falo aqui, vocês leem e eu não preciso explicar muito mais.

Estou triste, fiz uma pessoa que eu amo muito chorar e sofrer. Estou sofrendo também, porque são 8 anos. Não são 8 dias. É uma vida, uma história grande demais, e tão bonita. Mas eu não podia continuar fingindo que tava tudo bem, que nada tinha mudado em mim. Meu sentimento por ele mudou, e não há nada que eu possa fazer. Aliás, eu tentei fazer, mas não consegui. Eu falhei.

A vida é uma bosta, essa é a verdade.

Mas é melhor sofrer agora, terminar enquanto a gente não se odeia, enquanto não viramos aqueles casais que nem se oham na mesa de jantar.

Eu não sou mais capaz de fazê-lo feliz. Não sou mais feliz com ele. E, sim, o amo muito. Não sei se um dia vou amar alguém como a ele. Só não posso mais. Não é justo com ninguém.

Minha vida virou uma incógnita. Eu não sei mais como vai ser nada. Eu tinha planos, não tenho mais. Eu tô com medo de tudo, de ficar sozinha, de tudo. Foi a coisa mais difícil e dolorida que eu já fiz na vida. Mais difícil que desistir do jornalismo, mais difícil que mudar pra São Paulo.

Minha cabeça tá uma confusão, meu coração dói, mas tanto a cabeça quanto o coração sabem que estão fazendo o certo. Peço desculpas, não vou explicar muito mais que isso. Peço desculpas também aos amigos. Peço desculpas ao Bruno.

Um dia, espero, vou rir disso. Agora não tá dando pra rir ainda.

10 comentários:

  1. A vida muda e não há nada que voce possa fazer, a nao ser chorar os mortos e feridos, ficar triste por um tempo, dormir esperando que o dia seguinte ficar melhor... até que um dia ele fica, e com ajuda dos amigos esse dia chega mais rapido...

    Parabens pela coragem, sinto muito pela dor que voce tá sentindo!
    voce tem o meu celular, QUALQUER coisa, me ligue!

    Posso não ter nenhuma formaçao, dinheiro, talento ou genialidade... mas se tem uma coisa que eu entendo muito bem é sobre a vida mudando de um jeito que eu não gosto, nem esperava!

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  2. Estou sem palavras. Terminar é sempre barra. Avisa se vc precisar de um ombro, uma companhia pra falar mal da vida ou só pra encher a cara

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  3. Flor, tamo junto tá?
    Não se esqueça.

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  4. Estou aqui. Meu trabalho me torna menos acessível, eu sei. Mas estou aqui. Ligarei, atenda se quiser/puder. Hora de botar a cabeça pra se ocupar com coisas divertidas.

    A Mi me falou algo lindo esses dias, em um livro repete-se continuamente "So it goes." Isso resume tudo.

    Beijos porosos!

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  5. Qualquer coisa que eu diga aqui será mais do mesmo. Mas quero deixar pra você, mais uma vez, o meu abraço, o meu carinho, o meu ombro e os meus ouvidos, caso queira ou precise. Te amo muito, irmãzinha.

    "Sigo à risca. Me descuido e vou… Quebro a cara. Quebro o coração. Tropeço em mim. Me atolo nos cinco sentidos. Viver não é perigoso? Então, com sua licença." (Guimarães Rosa)

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  6. Eu admiro sua coragem. Profundamente.

    E se você quiser ligar, ou fugir da realidade um pouco, estarei por aqui.
    Qualquer coisa, estou a disposição. =)

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  7. *ABRAÇO* fique bem. chore até as lágrimas pararem. e volte a caminhar.

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  8. É difícil medir as palavras, mas vou arriscar dar algumas.
    Os sonhos muitas vezes se vão, e por mais que a gente se esforce, eles não se sustentam. Muitas vezes sabemos, desde algum tempo no passado, que o prédio estava condenado a cair, mas constantemente nos cegamos contra isso. Muitas vezes não somos tão fortes quanto queremos, e não conseguimos sustentar aquilo que já caiu há muito tempo, mas tentamos dar um jeito de manter e pé. Ou pelo menos, essa é a sensação que fica, quando nossos esforços aparentam vãos, quando o prédio cai. O vazio e o sentimento de desperdício de tempo e energia, nos consome. E tem de nos consumir, pois é esse vazio que nos empurra para, daqui a pouco, levantarmos e seguirmos adiante. As coisas terminam, ora de maneira inesperada, ora de maneira esperada, e o luto é inevitável. Nessas horas, temos que viver esse luto, aproveitar dele tudo que podemos. Os sentimentos, os pensamentos, as lágrimas, o choro, os gritos de desespero. Eles são importantes. São os destroços do prédio que caiu. É o momento de aproveitar esse momento para nos conhecer melhor, e conhecer o mundo das sombras, e esperar a poeira descer. Para depois, aos poucos, angariar forças para recomeçar. Nem tudo está perdido, mas não é o momento de se encontrar. É o momento de se perder.
    Não sei se pude ajudar; se precisar de uma palavra amiga, um ombro amigo e um abraço apertado, chocolate, colo, chá quente e filmes B, me liga. Não estás sempre sozinha, nunca esqueca disso. Podes ter nossa (minha, ao menos) companhia se quiser! Se não, tudo bem, fico por aqui mesmo.

    Mil beijos, e boa jornada.
    Yes you can.
    Ugo

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  9. Poucas palavras podem ser ditas nesses momentos, mas o que eu possso dizer que isso passa. Uma hora isso vai passar e tudo vai ficar cada vez mais leve.
    Passei por um momento desse e entendo cada palavra sua.

    Fica bem, viu?

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