terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Hey, hey, como estão vocês?

Eu estou bem. Tenho andado em paz, como a um bom tempo não andava. Isso até me dá medo do que vem a seguir, já que acredito que a tempestade vem depois da calmaria, e não só o contrário.

Tenho planos, que não sei se darão certo, e que não são a curto prazo. Se vocês já entraram aqui mais de duas vezes, sabem como me sinto perdida. Estou formada, adoro a profissão em que me formei, mas não me vejo tão próxima dela. E isso é bem estranho. Sabia que fácil não seria, mas viver longe de coisas tão naturais para mim por tanto tempo... é estranho. Mas não, não estou exatamente triste por isso. Procuro ainda outros caminhos, e enquanto não os acho me ocupo.

Queria ter certezas, tenho tantas dúvidas. Queria poder ter todos os que amo colados a mim. Sinto saudades de papos que tinha com pessoas queridas que não tenho visto tanto. Algumas pessoas tem reaparecido, e que bom! Mas não quero perder ninguém, não me permito mais perder ninguém. Aliás, melhor dizendo: não sei perder ninguém, e não sei se quero aprender.

Ao mesmo tempo, peço mais uma vez desculpas se não consigo ser atenciosa e presente com todos como deveria, ou gostaria.

Quero paz, e sem cerca. Estou aproveitando essa fase, assim como aproveito minhas tormentas: sempre até o fundo de tudo. Assim eu vivo, assim me sinto viva. Desisti, por ora, de entender e achar explicações para tudo. E o mundo está absurdamente claro.

Às Vezes - Álvaro de Campos

Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam

Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?

Um comentário:

  1. Tô quase copiando e colando no meu blog mais da metade dessa postagem rsrsrsrs... Vejo que não sou o único cuja maior certeza é de estar cheio de dúvida.
    Nem sempre depois da calmaria vem uma tempestade. Às vezes a gente fica dias infindos no marasmo, num limbo sem emoções e novidades.
    E não existe isso de "aprender a perder alguém", a gente só aprende a engolir o choro.
    É muito bom pra mim ter reaparecido, mas é só o começo de um FADE IN, meu retorno definitivo será triunfal! hahaha! Bjo, te amo amiga.

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