Passei esse final de semana aparando mais algumas arestas, e descobrindo outras que vão precisar ser aparadas. Não dei atenção a tudo que queria, a todos que queria, da forma que queria. Começo a pensar novamente se eu não estou errada, se a minha verdade é verdade. Não por influência de conversas, e sim das inúmeras mudanças que estão se processando na minha cabeça. Meu windows está sendo atualizado, assim no presente contínuo mesmo,e eu não tenho certeza se a nova versão vai ser a melhor. Só que, uma vez atualizado, não há como voltar atrás, não dá para me formatar.
Uma vez Albert Einstein disse que tudo é relativo. Eu concordo... aliás, quem sou eu pra discordar de Einstein (hehehe)? O tempo também é. Estava vivendo uma semana que começou no dia 9 de junho, e só agora está acabando. Mais uma vez, aprendo que tenho que ouvir minha intuição, que graças a Deus é beeem insistente... ela teve que gritar comigo esses dias, porque eu não queria ouví-la. Por fim ouvi.
Estou cansada demais, de situações, de pessoas, de pensamentos meus e dos outros... cansada, e intolerante. Não que isso mude muito o meu modus operandi. A mudança é aqui dentro, não no jeito que trato as pessoas. "O que há em mim é sobretudo cansaço — Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada; Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço" (Álvaro de Campos)
Às vezes tenho medo de mim. Medo do que sei que sou capaz, medo de ser injusta, medo das decisões que eu tomo. Não é um medo que paralisa, mas que me leva a enfrentá-lo. Dessa forma, o medo é positivo. Porém, ainda assim, aterroriza, e muito!
Ainda agora há pouco pensava em algumas decisões que podem me mostrar um caminho na vida, me deixar menos perdida. Acho que finalmente vou começar a encontrá-lo, não tenho certeza. Para isso, vou precisar de coragem... que não sei se tenho. Temo ser fraca demais, temo não conseguir encarar vida nova, em outro lugar. Sou um pássaro que ainda não deu seu primeiro voo. Ou melhor: que já voou, mas que ainda não tem a segurança dos grandes voadores.
Quero escrever, ser jornalista de fato e de direito. Mas não vejo isso muito próximo. O que me entristece...
Queria um máquina do tempo, pra consertar coisas. Queria ser cartomante, saber meu futuro, para tomar as decisões corretas. Não quero e não posso errar, mas sou humana, demasiadamente humana. Gosto de saber que não sou perfeita, e ao mesmo tempo queria ser a melhor pessoa. Não sou. Também tenho medo de ferir os outros, de magoar. Parece altruísmo? Não é; é autodefesa. Não tenho mais (quase) ilusões sobre mim nem sobre os outros, sei agora que não existem pedestais.
Ando melancólica ainda, e isso se reflete aqui. Juro que tentei pensar em um post mais feliz, mas não consegui. Essa é a verdade que está se passando em mim, e como esse espaço é bem biográfico, peço licença à vocês, mas foi assim que saíram essas maltraçadas linhas. Tenho mesmo alma de poeta. Só não descobri como usá-la de um jeito mais prático. Ninguém mais morre de ideais românticos... melhor assim, pois eu seria uma forte candidata.
Por fim, uma música dos Paralamas do Sucesso - Capitão de Indústria. Define meu cansaço, como estou, excetuando, claro, a parte do trabalho, por motivo óbvios =P. O vídeo não tá muito bom, mas a música vale.
PS: * *Talvez vocês saibam, mas digo mesmo assim, hehe: o título é uma brincadeira com o início da música Conto De Fraldas, do Tom Zé: "Penso, pena que seja pouco, só penso pensamento que possa te procurar, de cá, de lá"
Eu às vezes fico a pensar
Em outra vida ou lugar
Estou cansado demais
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
Eu não vejo além da fumaça
Que passa e polui o lar
Eu nada sei
Eu nao vejo além disso tudo
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Eu não tenho tempo de ter
O tempo livre de ser
De nada ter que fazer
É quando eu me encontro perdido
Nas coisas que eu criei
E eu não sei
Eu não vejo além da fumaça
O amor e as coisas livres, coloridas
Nada poluídas
Ah, Eu acordo prá trabalhar
Eu durmo prá trabalhar
Eu corro prá trabalhar
Perda total: a revolução dos órgãos
Há 4 meses
Linhas maltraçadas, porém, belíssimas. Como te disse: a melancolia sempre vem acompanhada de coisas lindas. Sorte dos que sabem escrevê-las ou representá-las de algum modo. E, Amanda, você é uma das pessoas mais corajosas, sim. Só de assumir ser fraca já é uma baita demonstração de coragem. Poucos são os que têm a destreza de assumir suas fraquezas. É muito mais fácil ceder ao orgulho e se fingir algo que não é. Sendo assim, você conseguirá o que quer. Não fácil, nem rápido, talvez. Mas são raras as vezes que algo fácil se torna delicioso. Beijos!
ResponderExcluirSe eu fosse rico, já tinha dado uma bateria pra você e pro Nogueira. Isso ia mudar muita coisa.
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